A preocupação com a saúde está acima de qualquer crise econômica. Isso explica porque o mercado de comida saudável cresce a passos largos no Brasil que representa o quarto maior do mundo nesse segmento. Para se ter uma ideia, em números, estamos falando de cerca de R$ 113 bilhões movimentados por ano! É cada vez mais comum encontrar pessoas preocupados em consumir produtos que fazem bem à saúde e isso vai muito além das dietas da moda. Ou seja: o mercado de alimentação saudável é uma tendência que veio para ficar já que tem a ver com um novo comportamento entre os consumidores. Isso significa que investir em comida saudável faz bem para o corpo e para o seu bolso também. Por isso, a eduK preparou uma semana inteirinha dedicada ao assunto e traz cinco especialistas da gastronomia saudável para ampliar o seu cardápio de opções para consumir, fazer e, inclusive, vender. Mais sustentável que isso, impossível!

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Comida saudável? Que tal fazer receitas veganas para o verão?
A chef Luana Budel, pós-graduada em Gastronomia Funcional, abre a semana, no dia 07 de novembro, trazendo refeições veganas para o verão. No cardápio, praticamente, só vegetais. Quer alguns exemplos de como usá-los em receitas criativas? Luana ensina um “burguer” de beterraba com chia e feijão, acompanhado de aspargos, cogumelos e creme de castanha. Ou que tal uma moqueca de banana verde, vagem, manteiga, abóbora e berinjela, com farinha de tapioca?

“Saia do básico da salada no Brasil e pense além de alface e tomate. Abra o leque de possibilidades pensando também no sabor. Experimente, por exemplo, feijões diferentes como o quarentão branco de arrranca. Quanto às leguminosas, é possível diversificar e encontrar proteínas vegetais diferentes. Aproveite que vivemos em um país que oferece inúmeras folhas e raízes. Sabe aquela história de quanto mais colorido mais saudável será o prato? Pense nisso!”

Como dica para quem anda pensando em uma forma interessante de explorar essas receitas comercialmente, Luana conta que tem prestado consultoria para empresas de marmitas congeladas de diferentes estados brasileiros que pretendem incluir opções veganas e vegetarianas em seus cardápios. É uma prova da busca dos clientes por pratos saudáveis. Outra possibilidade é trabalhar lanches congelados e orgânicos para o público fitness mas, para isso, a chef reforça a necessidade da parceria com um nutricionista para chegar a receitas equilibradas nas quantidades de proteínas, carboidratos e minerais de acordo com a necessidade desse tipo de cliente. Luana chama a atenção para o crescimento do público vegano e vegetariano no Brasil ir além da saúde, mas também por uma questão de ética, ou seja, as pessoas – e, segundo ela, até mesmo as novas gerações – andam se preocupando mais com a procedência das carnes e de como os animais são tratados até chegarem à mesa do consumidor.
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Luana também é autora do Falando Abobrinhas, blog de sucesso que começou pelo Facebook e ganhou força pelas redes sociais, como Twitter e Instagram. Por isso, ela alerta quem quer viver da gastronomia para a importância do trabalho de divulgação . É preciso vender produtos de qualidade e ser honesto com os clientes no sentido de vender aquilo que se promete. Para valorizar seu trabalho, siga os passos da Luana e pense em investir em um curso de fotografia voltado à gastronomia. Será mais um diferencial para a sua marca!

Saladas criativas
No dia 08 de novembro, vai ser a vez da chef Letícia Massula dividir sua experiência em saladas criativas. Aliás, apesar de ser especialista em carnes, ela é uma consumidora voraz de folhas desde a infância, já que cresceu com horta no quintal de casa. Ama comer muitas delas todos os dias e sabe como ninguém fazer de toda salada mais do que simples… saladas! Entre suas combinações estão arroz negro, milho assado, cebola, pimenta de cheiro e dedo de moça, coentro, raspas de limão, cebolinha verde e mix de alface. Ou ainda kiwi, cebola roxa, hortelã, limão e mini agrião. Letícia explica que “ao contrário da comida quente, que conta com o aroma para despertar o paladar e o apetite, a comida fria precisa contar com uma excelente apresentação para que seja um convite à degustação, primeiro a gente come com os olhos”. Outra dica primordial da Letícia para trabalhar as saladas é usar ingredientes da estação. Se eles estão disponíveis na época, são deles que nosso corpo precisa! Por que consumir, por exemplo, morango se a época é de jabuticabas?

“Os produtos da estação são mais gostosos, mais saudáveis e mais baratos! Isso de fato influencia na qualidade do prato e, além de tudo, é mais sustentável. Melhor até para o Planeta. Temos que parar com esse negócio de comer de tudo o ano inteiro, um hábito que está acabando com os alimentos”



Para potencializar o sabor das saladas, torná-las mais atrativas e vendáveis, Letícia tem algumas táticas, como assar, chapear e caramelizar alguns ingredientes como frutas e vegetais. “Esse escurecimento libera outros níveis de sabor, o que é muito legal até para quem tem restrições calóricas porque acaba dando a sensação de ter comido mais”, explica. Outra ideia é usar cebola frita no azeite ou em óleos diferentes, como o de coco. Ou que tal usar sal ou azeite defumado para temperar? Azeite defumado? “É simples: jogue um pedaço de carvão em brasa dentro do vidro de azeite e tampe. Quanto mais tempo ficar, mais saboroso o azeite vai ficar. Depois coe no filtro de café e tempere a salada”. A chef adora testar os alimentos, assar a beterraba ao invés de cozinhar, usar temperos como melaço de romã e pimenta baniua (dos índios do Alto Rio Negro) e por aí vai… Criatividade é o melhor dos temperos. Gostou da ideia? Avalie a possibilidade de comercializar as saladas em potes. Prático e funcional para quem quer se alimentar bem e vive na correria.

Montando um cardápo funcional
“A procura por cardápios funcionais é grande. Inovar e estar de acordo com essa demanda é um diferencial para quem trabalha com alimentação. Atue além da preocupação com o tema emagrecer. É mais do que isso: é saúde!”



Sucos, chás e smoothies para o bem-estar
“Lance um novo olhar para a função dos alimentos e vá além do universo detox que já não é mais novidade. Explore outras facetas, como a termogênica, que aumenta o gasto calórico, a hormonal, a terapêutica que aumenta a sensação de saciedade. Inove nas receitas e seja criativa no momento de batizar os seus sucos e chás”


Malu apresenta opções superinteressantes como um chá diurético natural feito à base de morango com hibisco, carqueja e cardamomo. O suco energético chamado super power yellow, ideal para pré-treino leva manga, acerola, flocos de quinoa e cardamomo. E a ainda o suco solar que tem função antioxidante e hormonal e é feito com tangerina, abacaxi, gengibre e inhame. Na hora de comercializar, fuja de embalagens com BPA (bisfenol-A), substância usada na produção do plástico e prejudicial à saúde. Além de pensar em embalagens de 250, 400 e 500 ml que podem ganhar um charme a mais com a utilização de uma etiqueta personalizada com a sua marca. E aqui vai uma ideia que é uma grande sacada: monte kits com os ingredientes que fazem parte da formulação dessas bebidas funcionais e os venda congelados para seus clientes que, em casa, precisam apenas bater o produto no liquidificador ou mixer no momento exato do consumo. É uma forma inteligente de manter as propriedades nutricionais dos sucos e smoothies já que as bebidas perdem esse valor pouco tempo depois de serem feitas.

Queijos e derivados sem lactose
E para fechar a Semana Saudável eduK com chave de ouro, a chef nutricionista Bruna Pavão explora, no dia 11 de novembro, o universo dos queijos e derivados sem lactose. Aliás, vale frisar que, além da lactose, ou seja, o açúcar do leite, as preparações que ela ensina também são livres da proteína do leite, elemento que causa alergia especialmente em crianças. Sem dúvida, aprender a lidar com esse tipo de alimento é uma forma de ampliar as possibilidades de vendas para diferentes públicos, entre eles vegetarianos, veganos, para quem tem intolerância e também para quem foca na beleza e, claro, na saúde. Bruna ensina a trabalhar alimentos nutritivos e sem industrializados no preparo. Outro ponto positivo está no fato de tudo ser de origem vegetal como o leite de amêndoas e de coco, queijo de castanhas, creme de castanha de baru, creme de tofu com ervas, iogurte de coco com chia e nibes de cacau e a ricota de amêndoas.


“Por serem produtos extremamente artesanais, eles têm um bom valor agregado, o que é ótimo para quem vende. Quem optar fazer para consumo próprio vai economizar frente ao preço cobrado nos supermercados. As pessoas estão descobrindo agora o segmento de queijos vegetais, por exemplo. É possível explorar bastante!”, diz Bruna Pavão.


Bruna faz queijo à base de castanha e agar-agar, que deixa a consistência firme. Para as pastas, ela hidrata as castanhas (como macadâmia, nozes, caju e baru), bate com água, coa e obtém uma bebida do vegetal e, com o resíduo, ainda desenvolve outras receitas, como farinha e ricota.

Como Letícia Massula costuma dizer: “a vida é muito curta para fazer uma coisa só!”. Então, aprenda com todas essas feras em comida saudável a ser, você também, versátil na gastronomia. E conte com a gente para ampliar ainda mais as suas chances de sucesso. Ainda não é assinante eduK? Clique aqui e comece uma semana de degustação!

P.S. Aqui vai um agradecimento especial à Cozinha da Matilde, gentilmente cedida pela chef Leticia Massula, para uma deliciosa tarde de fotos, papos e petiscos 😉
Uma resposta
So tem fera !eu não vou perde esse show, amo vcs eduk,cada dia surpreendendo mais com a qualidade dos cursos e dos mestres.